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Massagem
Reprodução/Unsplash

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é o país da América Latina com maior ocorrência de depressão. Tratar transtornos psicológicos pode ser um desafio e, frequentemente, necessita de abordagem multidisciplinar: psicoterapia, medicações e terapias complementares.

É aí que entram as massagens, como um – agradável – auxílio aos cuidados convencionais. De acordo com estudo alemão conduzido por psicólogos da Universidade de Konstanz, apenas dez minutos de massagem são suficientes para ajudar o corpo a diminuir níveis de stress.

A massoterapia age tanto no aspecto psicológico quanto no fisiológico. A pressão delicada e firme nos lugares certos do corpo ativa o motor que é responsável pelo relaxamento: o sistema nervoso parassimpático. Quando o sistema nervoso parassimpático está ativo, o que acontece quando estamos em descanso ou relaxados, a variabilidade da frequência cardíaca é alta – o que é positivo e indicativo de saúde.

Outras pesquisas reforçam essa ideia. Em 2020, um trabalho com mulheres que conviviam com algum tipo de dor crônica constatou diminuição dos sintomas de depressão e percepção negativa da própria imagem, após massagem nas costas e pescoço.

Marina Berti Yunes. Foto: Reprodução/Instagram

Fisioterapeuta há 22 anos, Marina Berti Yunes explica que, assim como acontece com psicólogos, pacientes da massoterapia formam vínculos com os profissionais, frequentemente sentem-se à vontade para dividir parte de suas vidas e apreciam quando são ouvidos. “Ainda ontem estive no hospital fazendo um atendimento multidisciplinar, com tratamento a laser, drenagem linfática facial e um tanto de conversa”, conta. O tratamento foi tão bem-sucedido que o paciente solicitou mais duas sessões seguidas.

A fisioterapeuta é proprietária do Instituto Marina Berti Yunes, em São Paulo. Por lá, recomenda sempre terapias integradas para cuidar tanto do interno quanto do externo. “Além do tratamento convencional, recomendamos um plano global, que envolve nutrição, fisioterapia, massagens e por vezes dermatologia. É importante trabalhar em conjunto pois cada pessoa é única e deve receber cuidados individualizados,” completa.

ANSIEDADE

No caso do transtorno de ansiedade, há evidências de que a massoterapia pode estimular neurotransmissores do cérebro associados à redução dos sintomas e também ajudar a diminuir a liberação de hormônios ligados ao aumento da condição.

Em pesquisa feita com enfermeiras – cujo trabalho envolve longas horas e situações de muito stress -, massagens ajudaram a diminuir dores de cabeça, tensões nos ombros, insônia, fadiga e dores musculares. Assim, ansiedade e tensão diminuem também. “Massagens faciais, na cabeça e pescoço podem ser notadamente relaxantes”, complementa Marina Yunes.

Além dos fatores já citados, é possível que os ganhos em saúde estejam relacionados à interrupção de padrões. Quando interrompemos um padrão de sofrimento e o corpo volta a vivenciar momentos de calma, somos relembrados de como é viver em um estado “normal”, e isso pode retomar a esperança de que é possível voltar a ele. Muito bom!

 

 

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